Porque o Convento do Carmo é hors-concours

Tive o prazer de me hospedar na semana passada no hotel Convento do Carmo (www.pestana.com), em Salvador, na Bahia. E rapidinho eu entendi porque o hotel é considerado hors-concours, merecidamente.
O hotel, administrado pelo grupo Pestana e parte das Pousadas de Portugal, ocupa o mesmo edifício que no século XVII foi construído para ser literalmente um convento, da Ordem Carmelita. O Convento do Carmo, erguido em 1586 na região da cidade que hoje conhecemos como Pelourinho, já foi palco de grandes acontecimentos da nossa história, muito antes de ser transformado em hotel, num puro exemplo do verdadeiro barroco brasileiro.
E o hotel mantém essa atmosfera toda com primor: as portas dos quartos são originais do convento, o prédio foi meticulosamente restaurado, o antigo dique do claustro foi convertido em piscina, o piso dos quartos range deliciosamente ; mas tudo isso perfeitamente aliado à modernidade e às novas tecnologias quando o assunto é conforto.
A recepção acontece informalmente, numa agradável sala, sem balcões nem espera – e ao sabor de água de côco geladinha. Nas áreas comuns, ainda há uma aconchegante biblioteca; Spa L´Occitane com jacuzzi, sauna e fitness room abertos aos hóspedes; a antiga capela que pode fazer às vezes de sala privada para almoços e eventos; o esmerado restaurante português Conventual (onde é servido também o café da manhã à la carte, irretocável). Nos quartos, decoração primorosa, internet grátis, amenities luxuosas, havaianas de presente e até máquinas de Nespresso (cobradas à parte) em algumas unidades.
Assumindo-se um grande hotel-monumento brasileiro – comparável aqui, talvez, apenas ao Copacabana Palace – acho que o Convento do Carmo oferece, definitivamente, uma verdadeira experiência em hospedagem. Vale.